enquanto eu finjo. enquanto eu fujo.

Assim como os começos, os finais são sempre iguais, ambos parecem um deja vú. A diferença é que os começos são bons. Aquelas borboletas toscas na barriga, palavras amarradas na garganta, mãos frias e pernas que insistem em ficar bambas. Já os finais...só chuvas e lágrimas, como diz aquela canção (tão ouvida nos últimos dias).
Engraçado como o tempo mudou, o céu ficou cinza pra combinar com meu humor, o chão ficou úmido pra combinar com meu rosto. Os ventos são tão frios quanto os seus olhos, que antes me encantavam, mas hoje... hoje me lembram que se foi assim, foi por que eu quis. Você avisou. Eu que não quis escutar.
Mas a nossa história já foi assunto das minhas conversas, dos meus pensamentos, dos meus textos por tempo demais.
Então, mesmo que ainda existam sentimentos nobres por trás dessa raiva e da mágoa de tudo, eu finjo que não.
Então eu fujo dos nossos encontros diários (coisa que antes eu provocava). Te trato com educação apenas, tento apagar todo e qualquer sentimento dos meus olhos e do meu sorriso, pra que você não perceba que ainda tem tanto poder sobre mim.
Que comece a nova era do entre e cartas e canções! Já que ele acaba sendo um reflexo da minha vida, que aqui existam novas histórias, com novos assuntos, com finais mais felizes.
Como disse o meu autor preverido, as mudanças existem pra não deixar que o cansaço se torne maior que os sonhos.