domingo, 13 de setembro de 2009

conclusões da tarde de ontem.

Talvez isso seja amor. Amor de verdade, daqueles que as pessoas passam a vida buscando, aquele amor que os filmes e livros tentam retratar. Talvez isso seja aquela coisa que a gente consegue ver estampada nos olhos de alguns poucos casais.
O que a gente sente, o que a gente tem, é concreto, eu consigo ver quando olho pra você. Consigo medir a alegria, a saudade, a vontade. Mas o amor é sentimento abstrato, como dizem por aí, não se pode tocar. Então o que eu, você, a gente, sente?
Isso que faz a gente brigar, tamanha a saudade, tamanho medo de perder, de acordar e não mais ter. Essa certeza, esse sentimento, o disparar no peito, que ao mesmo tempo acalma e relaxa a alma. Tão grande, tão forte, tão urgente que me faz pensar se é possível que você também sinta, isso tudo, assim, na mesma intensidade.
Eu reconheço os seus defeitos, consigo vê-los, me irrito, reclamo da suas manias. Mas não tem jeito. É você, meu bem.
Listaria mil motivos pra não ficarmos juntos, mil razões pelas quais não daríamos certo. Meus exageros, seu orgulho, minha cobrança, suas incertezas, meus medos, seus receios. Mas é amor. Tão grande, imenso, que supera a barreira do intocável, do imutável e se torna concreto. Afinal, concreto é definido como, além de tangível e palpável, real.

Te amo.
(E não há realidade maior que essa...)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

incertezas.

- Isso não vai mudar nada, né?
- Não....
- Não vai mudar o que você sente mim?
- ...
- Não vai interferir, não vai atrapalhar nossa vida?
- Não, já disse que não.
- Promete?
- ...
- Levanta essa cabeça, olha pra mim! Promete?
- Prometo.


Ela não sabia dizer não pra ele. Aqueles olhos lindos lhe implorando que esquecesse daquilo tudo, que não mais tocasse no assunto. Prometera a ele e agora aquilo era assunto morto.
O que faria então? Iria sorrir quando se encontrassem quando, na verdade, sua vontade era gritar?
Ela ainda se lembrava de como era no começo, quando ela pensava que fosse impossível um dia tê-lo. Tudo era incerteza, tudo era medo...
Mas aos poucos isso foi se esvaindo e o que ficava era a certeza de que era tão amada quanto amava. A certeza de que ele seria sempre dela, assim como ela já era dele há tempos. O que ficava era o 'pra sempre' dito por ele. Parecia perfeito.
Mas agora a incerteza e o medo a assombravam novamente. Para ela, a dúvida que ele sentia era sinal que ele já não a amava tanto assim. Talvez fosse sinal que ele nunca chegou a amá-la tanto quanto dizia, tanto quanto ela o amava. Tanto quanto ela o ama. Tanto quanto ela sempre irá amá-lo.



E quando você sonha e pensa nos abraços
Que passaram por seus braços
Onde vamos estar?

sábado, 21 de março de 2009

Um ano (quem diria?)

Entre trancos e barrancos, entre desabafos e sonhos, entre ilusões e promessas, o entre cartas e canções completa hoje um ano, gente. =)
O blog, que surgiu apenas com a intenção de exteriorizar as minhas idéias malucas e os meus sentimentos confusos, acabou me apresentando ótimos blogs, ótimos escritores, enfim, ótimas pessoas. Acabou, surpreendentemente, encontrando gente que se identificava com essa grande história desconexa que é a minha vida.
Agradeço aos leitores que dão força (propositalmente e sem perceber), aos que não se expressam, aos que deixam seu recado, aos amigos que puxam o saco. Agradeço ao Daniel, agradeço a ele por tudo, agradeço à Ana, agradeço à Jú. E peço a todos que continuem com o carinho, o apoio e, principalmente, com a compreensão que esteve presente nesse universo durante esse ano que o blog vive, agora mais do que nunca, já que ele anda abandonadinho e os comentários quase nunca são respondidos devido à minha falta de tempo.

É isso.
Vida longa ao blog. Vida longa à nós.


P.S.: Como o tempo VOA!

quarta-feira, 4 de março de 2009

uma xícara de café bem forte, por favor.

Cansada, esgotada, sentia que cada parte de seu corpo doia e havia poucas coisas no mundo que ela desejava mais do que dormir. Mas estava feliz. Exausta, pensava todos os dias em qual das suas muitas tarefas podia abandonar para acabar com essa correria. Mas, no final, não conseguia largar nenhuma. Talvez porque tinha as melhores conversas com as amigas no corredor enquanto a noite se arrastava e o mais sincero dos bom dias no caminho pro trabalho quando tinha que começar tudo outra vez. E os abraços delas junto com o sorriso dele (que a enchiam de esperanças) eram motivos mais que suficientes pra seguir em frente.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Caio F. me entenderia.

Escreveu, sabiamente, Caio Fernando Abreu:

"Olha, eu estou te escrevendo só pra dizer que se você tivesse telefonado hoje eu ia dizer tanta, mas tanta coisa. Talvez mesmo conseguisse dizer tudo aquilo que escondo desde o começo, um pouco por timidez, por vergonha, por falta de oportunidade, mas principalmente porque todos me dizem que sou demais precipitado, que coloco em palavras todo o meu processo mental (processo mental: é exatamente assim que eles dizem, e eu acho engraçado) e que isso assusta as pessoas, e que é preciso disfarçar, jogar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Eu queria que tudo fosse muito mais limpo e muito mais claro..."


Mas veja só, você telefonou hoje. E eu não disse nada, não disse nem metade do que queria, não disse nem metade do que venho há tanto tempo ensaiando, decorando, do que venho há tanto tempo esperando pra dizer.
Não sei o que faço comigo, não tenho coragem suficiente pra lhe contar, mas não tenho forças suficientes pra te esconder.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

'é carnaval no meu coração'

A bagunça das ruas, a música nas alturas, a alegria do povo já denuncia: o carnaval chegou.
Mas não é de hoje que o meu estômago samba e meu coração dispara feito um tamborim quando você entra na avenida, não é de hoje que o meu peito se tranforma na Sapucaí.

Amor de carnaval não vai pra frente, por mais que a gente tente, dizem que não adianta, não tem jeito.
Mas hoje ainda é sabado e nós temos até a quarta-feira de cinzas pra tentar, meu bem.
(Dizem que o ano só começa depois do carnaval, quem sabe, a nossa história não seja assim também.)

E a colombina só queria amar, e dar um basta a essa dor já sem fim...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

chorando ao telefone.

'eu tenho medo...'
acho que você já perdeu as contas de quantas vezes eu já te disse isso e de quantos complementos diferentes eu já usei pra essa frase. eu sei, eu sei.
mas eu tenho medo, entenda...
eu tenho medo.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Então, vem?

Essa história de viver pela metade não é comigo não, não é mesmo. Eu não sei gostar mais ou menos, não sei amar um pouquinho, não sei quase me jogar num precipício, não sei confiar pela metade, não adianta, eu não sei.
Eu não consigo olhar pra você e fazer com o meu coração bata um pouquinho mais rápido, eu não consigo ficar meio apaixonada, eu não consigo ter alguns planos pro nosso futuro, eu não consigo. Eu não consigo, principalmente, parecer indiferente a tudo o que eu sinto.
As pessoas dizem que eu me expresso demais, que eu não posso ser assim. Dizem que, assim, eu assusto as pessoas e acabo me prejudicando. Afinal, você vai acabar sabendo o domínio que tem sobre mim. E aí, dizem as amigas, aí já era. Se ele souber que manda no seu coração, já era, meu bem.
Mas quer saber o que eu acho? Eu acho que tem é de ser assim mesmo, você tem é que saber que eu te amo, que você manda e desmanda nesse meu coração de manteiga. Você tem mais é que saber que eu estou aqui, às suas ordens, que é só você dizer 'vem', que eu largo tudo e vou correndo pra te ver, meu amor.
Essa não é a verdade? Então deixa eu gritar isso pro mundo, deixa eu pintar todas as paredes da tua rua dizendo que eu só espero o teu 'sim' e que, enquanto ele não vem, eu não fico em paz.
Deixa?

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

sobre nós dois e o resto do mundo - a resposta.

É claro que é amor. Eu nunca tive dúvidas disso.
Com você eu aprendi que o amor pode ser só amor, e mesmo assim, ser maior que quase tudo que existe nesse mundo.
Com você eu aprendi o que que dizer reciprocidade, o que quer dizer amizade. Com você eu aprendi o valor de uma boa companhia.
Mesmo que você diga que não é o que eu gostaria que você fosse, ou o que eu penso que você seja. Eu sei quem você é, e eu o amo ainda assim. Na verdade, eu o amo exatamente por você ser assim, do jeito que você é. Entende?
Você foi, não só uma das melhores coisas que me aconteceu em 2008, mas nos meus 18 anos de vida.
Quando eu te conheci jamais imaginei que as coisas se transformariam nisso tudo. Que você ia ser a pessoa que me entenderia, que teria os gestos, os gostos, os sonhos iguais, ou ao menos compatíveis, com os meus. Eu jamais imaginaria que você um dia seria a pessoa que eu ia querer bem, que eu ia querer ver feliz, acima de tudo.
Mas a vida nos surpreende, né?
A melhor coisa que o pré-vestibular me trouxe não foi uma vaga na faculdade, você sabe disso.
E, agora, temos esse ano todo pela frente, temos todos os dias dos nossos cursos.
Mas eu acho que, na verdade, nós temos a vida inteira.

Você duvida?


(Aquela saudade de sempre e a nossa trilha sonora no rádio.)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

as pequenas coisas.

Eu vejo que Deus é muito, muito bom pra mim quando eu te vejo no altar, lindo, lindo, lindo, tentando não sorrir quando os nossos olhos se encontram. Quando você comete um erro junto comigo, pra não me deixar passar vergonha, na frente de todo mundo, sozinha. Quando eu te digo 'amor, não tem guardanapo!' e você parte o seu ao meio e divide comigo. Quando você diz que eu, de jeans, all star e super descabelada estou mais bonita que todas as convidadas do casamento, com seus longos, progressivas impecáveis e escarpin de salto 15.